Quando realizamos uma escolha, qualquer que seja, nós, seres humanos, temos à disposição a razão e a emoção para tomar nossas decisões. Como consumidores, é importante conhecer e compreender esse processo, especialmente quando levamos em conta a diversidade de dispositivos de marketing que nos impulsionam a comprar produtos e serviços sem necessidade, com base apenas no desejo emocional.
Impacto dos impulsos e emoções entre consumidores brasileiros
Ao realizar uma pesquisa sobre o impacto das emoções nas compras por impulso, o SPC Brasil constatou que:
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47,6% dos entrevistados costumam comprar algo para se sentir bem;
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30% consideram as compras como sua fonte de lazer preferida;
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32,2% têm sensação de prazer quando compram algo sem planejar;
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33,3% gostam da sensação de comprar mesmo que não tenham se planejado para isso e não precisem do produto;
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22,6% dos consumidores admitiram comprar coisas sem necessidade para se sentirem melhor quando estão chateados.
Mas, afinal, comprar de forma emocional é errado?
Não. Como foi dito acima, a emoção é um fator natural nos nossos processos de decisão. No entanto, é importante ressaltar que o ser humano é o único animal que tem a capacidade de tomar decisões além do seu impulso e condição emocional do momento. Então, por que não usar desse recurso para tomar decisões financeiras bem pensadas?
É normal desejar coisas que você não precisa ou consumir para se sentir bem, se você tem condições financeiras para satisfazer esse desejo. Porém, é importante que suas emoções não sejam o único fator que te motiva a comprar e que você perceba de onde vêm essas emoções.
Quando a sua vontade de comprar é movida apenas por artifícios de propaganda, quando te faz ignorar as suas limitações financeiras ou quando é ocasionada por uma forma de imposição social, como a necessidade de manter o status, isso pode ser muito prejudicial para a sua vida financeira.
Por isso, é essencial se esforçar para parar, pensar, e incluir a razão nas nossas decisões de consumo. A ideia aqui não é deixar as suas emoções de lado, mas dar a elas o nível adequado de influência ao usar também a racionalidade. Lembre-se: o equilíbrio é a chave.