Como não cair no golpe da maquininha

Golpes com maquininhas de cartão estão cada vez mais comuns, mas com atenção e alguns cuidados simples, é possível evitar prejuízos e proteger seu patrimônio.

Você provavelmente já usou uma maquininha de cartão para pagar algo no dia a dia — seja no restaurante, na farmácia ou no táxi. É um hábito tão comum que, muitas vezes, passamos o cartão quase no automático. Mas é justamente aí que mora o perigo: os chamados golpes da maquininha têm se tornado cada vez mais sofisticados, mirando consumidores desatentos.

Em meio à praticidade do pagamento por aproximação ou inserção do cartão, quadrilhas têm adaptado maquininhas adulteradas para enganar as vítimas. Em vez de realizar a cobrança correta, o aparelho exibe um valor, mas registra outro, ou mesmo copia os dados do cartão e da senha para fraudes futuras. O risco, infelizmente, é real — mas evitável com alguns cuidados simples.

Entenda como funciona o golpe

Existem diversas variações desse tipo de golpe, mas o mais comum envolve a digitação de um valor diferente do que foi informado verbalmente. O golpista pode, por exemplo, dizer que o produto custa R$ 50, mas digitar R$ 500 na máquina. Muitas vezes, a tela do visor é propositalmente danificada ou está com brilho reduzido, dificultando a visualização do valor real.

Outro tipo recorrente é o uso de maquininhas adulteradas que capturam os dados do cartão, principalmente quando há necessidade de digitar a senha. Em frações de segundo, o golpista pode ter acesso a informações suficientes para clonar o cartão ou fazer compras online.

Dicas práticas para não ser enganado

Para se proteger, o primeiro passo é não ter pressa. Sempre confira o valor digitado na maquininha antes de confirmar o pagamento. Parece básico, mas é uma barreira eficaz contra o golpe.

Além disso, siga estas orientações:

  • Evite digitar sua senha em maquininhas com visor quebrado ou escurecido. Se não for possível ver o valor com clareza, peça outra máquina ou cancele a compra.

  • Prefira pagar com aproximação (NFC) sempre que possível, especialmente em locais de confiança. Esse método evita o risco de clonagem, já que não é necessário inserir o cartão nem digitar a senha em compras de até R$ 200.

  • Não entregue o cartão na mão de terceiros. Mesmo em situações rápidas, como no caixa de uma loja, o ideal é você mesmo posicionar o cartão na maquininha.

  • Desconfie de maquininhas com logotipos diferentes ou aparência improvisada. Estabelecimentos sérios costumam ter equipamentos padronizados, bem conservados e com suporte técnico regular.

Prevenção também faz parte da sua estratégia financeira

Evitar esse tipo de golpe vai além da segurança pontual: é uma atitude que preserva seu patrimônio e garante tranquilidade no planejamento financeiro. Para quem investe em previdência privada, especialmente, manter o controle do dia a dia é tão importante quanto pensar no longo prazo.

Perder R$ 400 em um golpe pode parecer pouco diante de uma reserva robusta, mas o impacto psicológico e a sensação de insegurança podem influenciar decisões maiores. É como um vazamento silencioso: pequeno, mas persistente, capaz de comprometer a estabilidade se não for contido.

Fique atento e compartilhe esse conhecimento

Educar-se financeiramente também é proteger os outros. Se você já sabia dessas práticas, ótimo. Mas vale reforçar com familiares e amigos, especialmente os mais velhos, que podem não estar tão familiarizados com esse tipo de golpe.

Afinal, o cuidado com o presente é parte essencial da construção de um futuro mais seguro — e isso inclui estar atento até nos pequenos pagamentos do dia a dia.