Teste: você faz as dívidas certas?
Fazer dívidas não é, necessariamente, um hábito ruim, desde que você tenha condições de pagá-las. Algumas até podem ajudar a aumentar o seu patrimônio. É tudo uma questão de boas escolhas. Há uma grande diferença entre pegar um financiamento para comprar a casa própria e contrair um empréstimo para pagar dívidas do cartão de crédito. Para saber se você sabe se endividar, faça o teste elaborado com a consultoria do educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.
A família está precisando, com urgência, de um computador. O que você faz?
- Adquire um computador mais barato e, na primeira oportunidade, troca por um mais moderno.
- Compra um de última geração.
- Compra um bom computador que, mesmo não sendo de última geração, vai atender às necessidades de todos por um bom período.
Você descobre um curso on-line cuja mensalidade cabe no bolso. Ele tem tudo a ver com a sua área de trabalho. O que faz?
- Nada. Acha que já sabe tudo de que necessita para sua função atual.
- Acha que até valeria a pena, mas tem preguiça de voltar a estudar.
- Corre para se matricular, pois encara o estudo como um investimento importante para o futuro.
Você costuma fazer seguro da sua casa contra roubo?
- Já pensou nisso, mas ainda não contratou. Prefere investir em outras coisas.
- Sempre. O serviço é barato e protege o seu patrimônio.
- Não. Tem certeza de que, quando ladrão quer entrar, ninguém segura.
O valor da aposentadoria que você receberá do INSS quando parar de trabalhar é bem menor do que o do seu salário atual. Como você se sente em relação a isso?
- Seguro. Você investe bem em seu plano de previdência complementar, além de ter outros rendimentos.
- Tranquilo. Não sofre por antecedência, pensa apenas no presente.
- Despreocupado. Tem um plano de previdência complementar, em que investe uma pequena parte da sua renda.
Você herda uma casa de parentes. O que pensa em fazer?
- Vai vender o imóvel para pagar suas dívidas.
- Vai aproveitar uma parte da renda para comprar a sua casa própria, usando seu FGTS.
- Vai se mudar para lá e, com o dinheiro que vai deixar de gastar com o aluguel, abrirá uma poupança.
Você economizou para dar entrada em um carro. Mas que tipo de automóvel vai escolher?
- Um usado com o menor financiamento possível. Não quer perder dinheiro com juros.
- Um carro 0 Km, financiado em 60 meses. Assim, terá mais tempo para pagar e as prestações serão menores.
- Um carro 0 Km, com prestações que cabem no bolso. Vai pagar o máximo possível por mês, para diminuir o número de parcelas.
Você está querendo comprar uma televisão maior, mas ainda não tem onde colocá-la. O que faz?
- Adia esse plano até terminar a reforma da casa e comprar os móveis novos.
- Compra um móvel bem barato para acomodar a TV dos seus sonhos.
- Você compra um móvel novo, junto com a TV, e lança todos os débitos no cartão.
Frutas da estação são sempre mais baratas. Você leva isso em conta na hora de fazer suas compras?
- Não. Compra sempre o que está acostumado a comer, não importa a estação.
- Você compra só as frutas que estão com preço bom e fica atento à quantidade. Leva o necessário para uma semana.
- Evita as frutas mais caras. Porém, frequentemente, exagera na quantidade e acaba desperdiçando.
Você compra coisas que deseja, mas não precisa, quando estão em promoção?
- Muitas vezes, sim.
- Não, só compra o que precisa.
- O tempo todo.
Uma boa apresentação é importante na vida social e no trabalho. Com que frequência você compra roupas novas?
- Quando realmente percebe que é necessário. Procura adquirir roupas de boa qualidade, básicas e que combinem entre si.
- Todos os meses. Estar bem vestido é fundamental.
- Sempre que encontra uma liquidação interessante.
Péssimas dívidas
Você parece ser o consumidor dos sonhos de todo publicitário ou lojista. Não pensa duas vezes antes de fazer um crediário ou usar o cartão de crédito. E, na maioria das vezes, faz escolhas que só ajudam a arruinar seu patrimônio, em vez de incrementá-lo. Um dos motivos é que nunca se preocupa com o desperdício, erro cometido por muitos brasileiros. “Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, quase metade dos brasileiros não utiliza tudo o que compra”, avisa o educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira. Não esqueça que toda compra que vai para o lixo ou fica mofando no guarda-roupa significa um dinheiro que poderia ter sido investido para aumentar seu patrimônio. Pense nisso.
Na corda bamba
Você pode não estar afogado em dívidas, mas isso não significa que saiba realmente fazer boas escolhas, pensando não apenas no aqui e agora. Por exemplo: voltar a estudar é sempre um investimento, não importa quando vai ter oportunidade de usar esses conhecimentos. Um financiamento longo pode facilitar sua vida agora, mas, no final das contas, você terá pago juros altíssimos que poderiam ter sido suficientes para comprar um outro bem igual ao financiado. Esses detalhes que escapam no dia a dia podem fazer toda a diferença para o seu patrimônio, no futuro. Pense em fazer um curso de educação financeira ou em ler mais a respeito do assunto. Mas não demore, pois o tempo passa rápido e, no seu caso, pode significar perda de dinheiro.
O bom endividado
Parabéns! Você sabe muito bem como tomar conta do seu patrimônio. Sabe se defender das armadilhas do mundo moderno, como propaganda, crédito fácil, consumo desnecessário e desperdício. Mas sabe, também, fazer investimentos vantajosos e rentáveis em longo prazo. E se você ainda não tem muita ideia do que quer fazer em seu futuro, pode começar a sonhar. Seja uma viagem ou uma casa na praia, não importa: “É preciso ter sempre um objetivo para todo o dinheiro que conseguir poupar. Para algumas pessoas, o processo de definição de metas ocorre naturalmente. Outros, entretanto, precisam aprender mais um pouco sobre isso”, sugere o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.
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