Ainda que a pandemia continue alarmante no Brasil, diversas nações começam a pensar na reintegração das permissões de viagens. Com o aumento de imunizações, a perspectiva do retorno ao turismo é iminente.
Entretanto, como em todos os outros aspectos da vida que conhecíamos antes da pandemia, a cautela contra infecções por COVID-19 pode afetar também os destinos do exterior.
Em recente declaração, a União Europeia afirmou que pretende abrir as fronteiras a visitantes no verão, desde que vacinados com imunizantes aprovados por sua agência reguladora. O que já promete uma ação similar em outros países.
Neste contexto, pessoas vacinadas com imunizantes das distribuidoras chinesas Sinopharm e Sinovac Biotech não teriam liberdade para adentrar países do bloco, deixando claros sinais de preocupações sobre relacionamentos empresariais e consequências relevantes para a reestruturação do turismo global.
A questão central é que, para a maioria absoluta das pessoas, não há possibilidade de escolha sobre qual vacina tomar, tendo cada nação aprovado, de acordo com critérios de suas reguladoras de saúde, um tipo específico de fármaco preventivo. A alegação para incluir medidas nesse sentido é proveniente das variações em taxas de eficácia atribuídas a cada tipo específico de vacina.
De qualquer modo, com aprovações simultâneas em relação a isto, limitações graves em destinos de viagem serão uma realidade até mesmo a pessoas totalmente imunizadas.
Na China, por exemplo, há restrições que aprovam trânsito de pessoas vacinadas apenas pelo fármaco produzido no país, o que vai de encontro a reflexões de funcionalidade no Ocidente, onde as vacinas chinesas não possuem aprovação nos Estados Unidos nem na Europa Ocidental.
Como o momento exige atenção, devido ao risco de saúde, não há muito o que argumentar. Entretanto, muito em breve, perguntas sobre se as restrições visam a correta imunização ou o nacionalismo sobre cada vacina, serão certamente levantadas.