A taxa básica de juros - taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais - Selic, passou por alta a partir de março. Ela serve de referência numa série de aplicações de renda fixa, tais quais: Tesouro Direto, CDB´s, LCIs, dentre outras.
Os juros, que eram baseados em 2%, passam a taxar 2,75%. Daí, surge o questionamento: Será que faz diferença no planejamento do investidor comum?
Logo após a decisão do Copom, começaram as dúvidas: seria a hora de assumir riscos ou continuar na renda fixa?
E a resposta é: a rentabilidade na renda fixa praticamente não mudou, de modo que, se os planos são sólidos, não há razão para interferir neles por esse aumento.
De qualquer modo, uma elevação da Selic pode beneficiar os investimentos na renda fixa, já que oferecem uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos públicos do governo federal e dos CDB’s emitidos pelos bancos. Esses papéis tendem a ter uma rentabilidade um pouco maior em tempos de Selic em alta. Simultaneamente, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno deles. Como a taxa visa o critério de estabilidade, há poucas chances de ganhos ou perdas além dos planos já traçados e, pelo menos no momento, não há motivos para alterar os investimentos.
Segundo dados de especialistas, a alta não chega a alterar 0,5% no planejamento a longo prazo do investidor até o fim de sua meta de trajeto, o que não recomenda em nada a mudança no seu planejamento efetivo.
A resiliência para poupar e os planos sólidos de investimentos podem garantir estabilidade em tempos de alta e baixa de juros: especialmente quando estes não são de fato representativos.