Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), em novembro, os saques na poupança superaram os depósitos pelo terceiro mês seguido.
Para financistas, desde o início do benefício de auxílio emergencial, a poupança tem sofrido impactos.
Entre janeiro e março de 2021, quando a primeira etapa do benefício ainda não havia sido paga, a poupança registrou entradas positivas estimadas em R$ 3,8 bilhões.
Em maio, muito embora bem mais baixo, o saldo continuou positivo: R$ 72,6 milhões.
Em junho, registrando a maior captação do ano, a poupança alcançou R$ 7 bilhões.
Contudo, apesar da etapa positiva, a poupança brasileira passou por sua maior baixa histórica.
Isto se deve, principalmente, ao fato de que o auxílio emergencial é pago, para a maioria dos beneficiários, em contas poupança, o que força uma maior movimentação devido aos saques do benefício.
Outro ponto de argumentação seria a crescente compreensão de que, na verdade, a poupança não pode ser considerada uma forma de investimento: dependendo da Taxa Referencial (TR), no momento zerada, e mais 70% da Selic, quando esta estiver até 8,5%, a poupança não rende bem.
Somente em outubro, o resultado foi negativo em R$ 7,43 bilhões. Em setembro, as saídas líquidas bateram R$ 7,71 bilhões e, em agosto, R$ 5,46 bilhões.